Por Zenilda Carvalho
O Setor de Eventos foi um dos primeiros a parar devido a pandemia de COVID 19. A grande maioria dos eventos foram imediatamente cancelados e tantos outros adiados, sem data certa para acontecer.
Após 5 meses de atividades interrompidas, o segmento continua sem movimento por enquanto. Mas no que depender de profissionais, órgãos e associações da área em vários estados brasileiros essa pausa está com dias contados. Isso porque o setor já está com protocolos de segurança sanitária prontos para que as atividades sejam retomadas com a segurança necessária aos profissionais, clientes e participantes dos eventos.
A Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos – ABEOC Brasil, Fátima Facuri, falou à Agência de Notícias do CNCP Brasil sobre a crise provocada pela pandemia do coronavírus e quais as perspectivas para a retomada.
Acompanhe trechos importantes dessa conversa:
Como a ABEOC avalia hoje o segmento no país?
“Com muita preocupação. Vínhamos de um bom 2019 com perspectivas de 15% de crescimento este ano. Infelizmente fomos atropelados, literalmente e desde março amargamos a busca pela sobrevivência. Passamos por uma primeira fase de reivindicação de medidas emergenciais que mitigassem a grave situação e depois partimos para a elaboração dos protocolos. Agora lutamos pela retomada de atividades. Hoje, temos milhares de empresas paradas, outras falidas e desemprego. Precisamos que olhem por nós, que deixemos de ser invisíveis e tenhamos reconhecida nossa importância para a economia e a sociedade.”
Quais são os próximos passos para a retomada?
“Movimentos pedindo essa retomada estão sendo realizados por todo o Brasil. Já temos protocolos aprovados pelos órgãos sanitários e equipes preparadas para cumpri-los. Infelizmente, enfrentamos o jogo de empurra entre estados e municípios quanto a liberação dos eventos e também a falta de conhecimento sobre o setor. Precisamos urgentemente de datas para que possamos planejar essa retomada. Sem datas fica impossível recomeçar.”
Como foi feito o protocolo de segurança para a retomada?
“Temos um protocolo elaborado em conjunto com outras entidades representativas do setor e que, inclusive, recebeu aval do corpo clínico do Hospital das Clínicas de São Paulo, além de seguir as orientações da OMS e da Anvisa. Estamos prontos para executar os protocolos, nos falta é sermos incluídos nos processos de retomada para que possamos novamente contribuir com a economia e retomar nossas atividades”.
Qual sua visão quanto ao futuro próximo dos eventos?
“Será uma retomada lenta, onde teremos que ajustar o calendário de 2021 para suprir a lacuna de 2020. Teremos, certamente eventos mais enxutos, mais precisos, mas com o significado extra de superação. Todos estão ávidos por isso, seja os setores que compõem o trade, as marcas ou o público. Essa é a nossa luta hoje”.